quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Lendas e Mitos de Paris


A lenda do barbeiro e do padeiro sanguinários


No final do século 14, uns biscoitos de um mestre padeiro da Île de la Cité estavam entre os mais famosos da capital. Delicados e saborosos, eles tinham uma receita muito estranha e um pequeno cheiro de um crime.
A lenda diz que em 1384, no coração da Île de la Cité, um padeiro e um barbeiro da rua Marmousets tinham se juntado para um  tráfego  tão rentável quanto macabro.
O seu acordo fatal era baseado em uma verdadeira divisão de trabalho. O trabalho do barbeiro era matar as presas, muitas vezes estudantes da Notre Dame. Uma vez que o corpo fosse desmembrado, ele os enviava para o seu vizinho o padeiro. Em seguida, o padeiro se ocupava em rechear as famosas “petits pâtés” de carne humana fresca.  O próprio Rei Carlos VI adorava estas guloseimas.
Os dois comparsas foram desmascarados em 1387 quando o cachorro de uma das vítimas alertou os vizinhos com seus latidos contínuos na frente na loja do pâtissier sanguinaire.
No porão foram encontradas provas contundentes entre as quais o famoso utensílio usado para destruir os corpos. O barbeiro e o padeiro finalmente foram queimados vivos em uma gaiola de ferro. Suas lojas, um verdadeiro teatro de horror e mau cheiro foram completamente arrasadas. Hoje, no lugar das casas se encontra uma garagem de motociclistas da polícia da Île de la Cité.  Só resta um suposto vestígio, uma pedra no fundo da garagem, que poderia ser um remanescente do famoso utensílio de corte do “patissier louco”.

Os segredos do Père Lachaise


O maior cemitério de Paris tem muitas lendas.
Uma que corre entre os motoristas do táxi, é a do passageiro fantasma que embarca em Châtelet e que desaparece quando chega no Boulevard de Ménilmontant.
Outra lenda é a de um enorme gato amarelado, que anda de um modo estranho, percebido várias vezes pelos visitantes e pelos vigias.
O famoso cemitério seria também palco de missas de magia negra, ou mesmo de sacrifícios humanos.
Mais uma lenda conta que acessos para catacumbas seriam possíveis desde certos túmulos do Père Lachaise.


O Homem Vermelho do Palácio des Tuileries


Seu nome era Jean l’Ecorcheur e ele trabalhava para a rainha Catherine de Médicis, que alimentava uma paixão pelas ciências occultas. Ciente da relação da rainha com magos e feiticeiros, Catherine de Médicis achou que ele sabia demais e mandou matá-lo. Antes de morrer, teria ameaçado o seu assassino Neuville: “Retornarei”. Este último tinha sempre a impressão de ser seguido.
O astrólogo da Rainha, Cosme Ruggieri, foi verificar a cena do crime e não encontrou nenhum corpo, apenas uma lagoa de sangue. Logo depois, o astrólogo teve uma visão de Jean, com uma roupa vermelha, dizendo que a rainha morreria “perto de Saint-Germain”. Catherine de Médicis então fugiu de todos os lugares que com esse nome. Foi no seu leito de morte que encontrou o seu destino. O seu confessor chamava-se Julien de Saint Germain...
Depois, o homem vermelho das Tuileries teria aparecido à Louis XVIII, a Marie-Antoinette, a Napoleão na véspera da batalha de Waterloo e, pela última vez, no incêndio do palácio des Tuileries. 





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