domingo, 22 de novembro de 2015

Curiosidades

Curiosidades de Paris



·                   Subir a Torre Eiffel é inevitável para quem vai a Paris. A Torre Eiffel tem três andares, no primeiro andar o turista encontra uma loja de souvenirs, no segundo há restaurante. E no terceiro andar é possível observar a cidade a 324 metros de altura.

·                   Os franceses sem dúvida sabem aproveitar a vida e à noite lotam os teatros, restaurantes, bares e casas noturnas de Paris. Um dos locais mais marcantes é o teatro Ópera Nacional de Paris Garnier. 

·                   Para quem quer descontração, as casas noturnas e clubes de jazz como o New Morning, animam a noite. Os bares também são bons programas e um dos mais famosos é o Favela Chic.

·                   Inspirado em temas brasileiros, o forte em Paris é o samba que atrai inúmeros adoradores e curiosos.

·                   Os cafés já fazem parte da história da cidade de Paris. É lá que há décadas os parisienses se encontram para comer, estudar ou descansar. Acredita-se que o primeiro café do mundo foi o Le Procope, frequentado por Voltaire e Napoleão Bonaparte, fundado em Paris em 1686.

·                   O Jardim du Trocadéro é um dos mais bonitos de Paris, dispõe de aquário de água doce e um lago ornamental, com fontes, borda de pedra e estátuas de bronze.

·                   O museu de Louvre foi construído em 1190 e, na época, era utilizado como fortaleza dos ataques vikings. Ao longo dos anos, o museu de Louvre passou por várias reformas, inclusive a pirâmide de vidro. No local é possível visitar obras como a Monalisa, de Leonardo da Vinci, Vênus de Milo, as de Rafael e Rembrandt, além de esculturas européias, móveis, tapeçarias, porcelanas e jóias da Coros Francesa.




Manifestações artísticas

Manifestações artísticas 

Danças
  •  Cancan        
 Foi originado a partir da mistura de duas danças: a Quadrilha e a Polca. Foi inventado em Londres, mas muito mais dançada na França, Paris.
           É uma dança que é normalmente composta por meninas (mas pode ter bailarinos homens) utilizando vestidos com saias esvoaçantes e coloridas e com movimentos livres. A maioria dos passos de Can Can são com as pernas altas e, como as dançarinas dançam com meia calça, suas pernas acabam, de um jeito ou de outro, aparecendo para o público.
Por esse motivo a dança foi considerada imoral e indecente, e chegou a ser proibida pela polícia durante um longo período.
Quando voltou a ser liberado, o Can Can começou a ficar popularmente conhecido e muito praticado principalmente em Paris.

  •  Quadrilha
  Esse tipo de dança (quadrille) surgiu em Paris no século XVIII, tendo como origem a contredanse française, que por sua vez é uma adaptação da country dance inglesa, segundoos estudos de Maria Amália Giffoni.
           A quadrilha foi introduzida no Brasil durante a Regência e fez bastante sucesso nos salões brasileiros do século XIX, principalmente no Rio de Janeiro, sede da Corte. Depois desceu as escadarias do palácio e caiu no gosto do povo, que modificou suas evoluções básicas e introduziu outras, alterando inclusive a música.

Moda
           Junto com Milão, Londres e Nova York, Paris é o centro de um importante número de desfiles de moda. Algumas das maiores casas de moda do mundo têm a sua sede na França.
          A associação da França com a moda data em grande parte para o reinado de 
Luís XIV, quando as indústrias de bens de luxo na França veio cada vez mais sob o controle real e a corte real francesa tornou-se, sem dúvida, o árbitro do gosto e estilo na Europa. França renovou o seu domínio da alta costura na indústria da moda nos anos 1860-1960, através do estabelecimento de grandes casas de alta costura, a imprensa de moda e desfiles de moda.
         Frederick Worth que dominou a indústria entre 1858 e 1895. No início do século XX, a indústria expandiu através de tais casas de moda parisienses como a Casa de Chanel e Balenciaga. Nos anos do pós-guerra, a moda retornou à proeminência através do famoso "novo olhar" de Christian Dior, em 1947, e através das casas de Pierre Balmain e Hubert de Givenchy . Na década de 1960, "alta costura" veio sob críticas de cultura da juventude da França, enquanto designers como Yves Saint Laurent rompiam com normas de alta moda estabelecidos através do lançamento de linhas de prêt-à-porter ("pronta para usar") e expansão de moda francesa em produção em massa e marketing. Com um maior enfoque na comercialização e fabricação, novas tendências foram estabelecidas nos anos 70 e 80 por Sonia Rykiel,Thierry Mugler, Claude Montana, Jean Paul Gaultier e Christian Lacroix.
             Desde 1960, a indústria da moda na França está sob crescente concorrência de Londres, Nova York, Milão e Tóquio, e os franceses têm cada vez mais adotado modas estrangeiras (principalmente americanas) (como jeans, sapatos de tênis). No entanto, muitos designers estrangeiros ainda procuram fazer suas carreiras na França.

Dialetos

Dialetos do francês

  • Francês belga
  •  Francês suíço
  •  Francês quebequense
  • Francês acadiano
  • Francês cajun
  •  Francês parisiense
  • Francês marselhês


sábado, 21 de novembro de 2015

Comidas Típicas

Comidas Típicas 

        A França é um país de grande herança cultural em todos os sentidos, na culinária não é diferente. A França tem uma culinária que é uma das mais tradicionais em todo mundo. 

Croissant

         Esse já é querido pelos brasileiros, sua massa era inicialmente feita como a de pão comum e ao longo do tempo foi modificada. A massa folhada como conhecemos foi aprimorada pelos padeiros de Paris, no início do século 20.

Petit Gâteau
         Outro prato bem conhecido e delicioso! A receita original é composta por um bolo de chocolate mal passado e com interior cremoso, acompanhado de uma bola de sorvete de baunilha. Aqui no Brasil já podemos encontrar várias versões dessa receita. 

Macarons

         O prato foi na realidade introduzido na França pela Catarina di Médici, uma rainha italiana. Mas as freiras de Nancy descobriram a receita secreta e passaram a produzi-la, tornando a cidade um local famoso pelos primeiro macarons franceses. O prato foi incrementado, no século XX, com deliciosos recheios, deixando-os do jeito que conhemos hoje. O prato é super requisitado em eventos aqui no Brasil, com várias cores.

Madeleine com especiarias
       Um bolinho amanteigado em formato de concha. É um dos doces mais tradicionais da cozinha francesa e ficou eternizado na obra do escrito Marcel Proust, “Em busca do tempo perdido”, na qual ele descreve as lembranças despertadas pelas ‘madalenas’, como também é conhecida.

Ratatouille

               É um receita típica da região de Provença, na França. O nome significa picar ou triturar. Um prato a base de legumes, não pode faltar beringela nem tomate. Para quem não conhecia o prato, provavelmente passou a conhecer depois do filme do ratinho cozinheiro, intitulado com o nome do prato típico francês, Ratatouille.

Cassoulet

         É um clássico da culinária francesa e teria nascido durante a guerra dos Cem Anos, como um cozido feito com todos os ingredientes disponíveis, análogo a nossa feijoada. É um prato ideal para o inverno, preparado com feijões brancos, frango e variedades de carne de porco.

Coq au vin
           Uma receita que já possui séculos de existência. Segundo consta, foi criado para o imperado romano, Julio César, ao conquistar a região da Gália. A receita original era preparada com galos em idade avançada e o vinho para amaciar a carne. Hoje em dia, pode ser feito com frango ou galinha caipira, é cozinhado com bacon, cebola, alho, vinho tinto, cogumelos, salsa, entre outros ingredientes.

Clima

Clima de Paris

Paris tem clima temperado, com invernos não muito frios e verões relativamente frescos.  Em julho, o mês mais quente, a temperatura média é de 20°c; em janeiro, o mais frio, de 4°c. Os termômetros podem excepcionalmente descer a -15°c ou subir a 38°c, mas invernos rigorosos e verões tórridos são raros. 

Inverno:

Dezembro: 5.0 °c

Janeiro: 4.2 °c

Fevereiro: 5.3 °c

No inverno, o frio pode atrapalhar. Nem sempre neva na cidade, mas quando isso ocorre pode ser divertido, sobretudo para nós brasileiros que não estamos acostumados com tudo branquinho. Mas não se engane, o branco logo se transforma em lama com o passar do dia. Ou seja, o romantismo dura pouco.






















Primavera:

Março: 7.8 °c

Abril: 10.6 °c
    
Maio: 14.3°c

Outono:

Setembro: 16.7 °c

Outubro: 12.7 °c

Novembro: 7.7 °c

A primavera e o outono são os meses mais simpáticos para visitar a cidade. Além das temperaturas amenas, na primavera, a cidade está sempre em festa, pois os parisienses estão felizes com o fim do frio intenso. No outono, tem o espetáculo das folhas amarelas/vermelhas que começam a cair das árvores. Nos dias quentes, é comum ver os parisienses deitados nas gramas dos parques tomando sol ou fazendo um piquenique.


Verão

Junho: 17.4 °c

Julho: 19.6 °c

Agosto: 19.2  °c

                 No verão, principalmente em agosto, a cidade fica cheia de turistas, pois trata-se das férias escolares do hemisfério norte. E, para piorar, ainda há muitos restaurantes e cafés que fecham as portas neste mês. Portanto, se puder escolher, prefira outros meses.







História

História de Paris

            A Paris que admiramos hoje é o produto de uma história rica, que se caracteriza principalmente por uma sucessão de monarcas que gravou o seu ego enorme para construir palácios, catedrais e jardins espetaculares personagens e também preocupado com a cultura que se desenvolveu as universidades e os artistas e intelectuais que deixou sua marca indelével em cada um dos bairros de Paris. Aqui está um breve resumo da história desta cidade maravilhosa.



O Período Medieval

             Entre as obras mais significativas deste período, podemos citar o início da construção da Catedral de Notre Dame, a Sainte Chapelle , a construção de obras de abastecimento de água, e sob o reinado de Filipe Augusto , um grande muro em torno do da cidade. Mas o mais importante foi a criação da primeira universidade, o que transformou a cidade num grande centro cultural do mundo. Em 1257, fundou a Sorbonne.
             Seguido por anos de perseguição religiosa e intriga política sobre a sucessão ao trono da França, que levou à Guerra dos Cem Anos contra o Inglês. Carlos V, o Sábio, assente no poder e iniciou a construção da Bastilha e Châtelet. Foi estabelecido no Louvre, onde ele se mudou de sua coleção de quase mil manuscritos.


A Época Moderna

             Em 1515, chega ao trono Francisco I, ilustrada e amante da boa vida. Confrontado com Carlos I de Espanha, durante uma batalha é feito prisioneiro. O povo de Paris pagou seu resgate e disse que, graças alargada e embelezou o Louvre. Ele também construiu o Hotel de Ville e fundou o Collège de France. 
             Sucessões para serem seus filhos mais novos vêm com muito numerosos confrontos as diferenças religiosas entre os candidatos, e deixou a cidade gravemente ferida e com fome. Então, finalmente o povo de Paris reconheceu Henrique IV como rei, que assumiu a tarefa de reconstrução, com a ajuda de Sully e Miron. Ele termina o Pont Neuf , espaços construídos, como des Vosges, o Louvre e expandir as Tulherias.
            Assassinado em 1610, Henrique IV foi sucedido por sua esposa Maria de Médicis (seu filho é muito pequeno), que construiu o Palácio de Luxemburgo, rodeado pelos jardins famosos. Quando seu filho Luís XIII chega ao trono, aconselhado por Richelieu, a monarquia foi reforçada pelo deslocamento das ambições crescentes da nobreza, e em Paris, continuou a aumentar, embora as pessoas estivessem cansadas do despotismo e da miséria.
           Ele foi sucedido por seu neto, Luís XV. Durante seu reinado, ele construiu a Place de la Concorde, o Panteão e a Escola Militar. Esses anos foram os de “Iluminismo” filósofos (Montesquieu, Voltaire, Rousseau, Diderot, entre outros) e lançou as sementes da revolução”.
           Quando ele morre Louis XIII, Louis XIV é de 5 anos. Novos problemas de sucessão, juntamente com o descontentamento do povo e as ambições dos nobres levou a tumultos. Mas o poder permaneceu sob o controle real.

A Idade Moderna

            Em 05 de maio de 1789, o Conselho Geral reuniu o rei, o clero e a aristocracia, por um lado, a classe média e os profissionais do outro. Louis XV tentou manter o poder, mas no último 14 de julho de pessoas motim tomou a Bastilha. A família real teve que deixar Versalhes para ir para o Tuileries, à espera dos passos que você tomaria a cidade. Eles queriam fugir em 1791, mas foram presos em Varennes. Em 1793, Luís XV e a rainha foram guilhotinados na Place de la Concorde. Paris vive os chamados “anos de terror” sob a ditadura de Robespierre, quando todos os adversários da Revolução perderam a cabeça, literalmente.
            Em 1793, antes do avanço dos britânicos no norte do país, surgiu em cena um movimento ascendente coronel: Napoleão Bonaparte. Robespierre morreu na guilhotina em 1794, mas a revolução ainda não acabou. Em 1795, o clima era calmo, com a criação de um diretório. Depois de suas campanhas militares na Itália e no Egito, Napoleão, e até mesmo pela Câmara, voltou para a França, um golpe de Estado, estabelecendo um consulado e cônsul proclamada. Ele se mudou para o Jardim das Tulherias e tomou a cidade, seriamente danificado após a revolução, que destruiu grande parte dos edifícios reais e catedrais. O povo estava mergulhado na miséria e Paris já tinha cerca de meio milhão. Em 1804, ele proclamou-se imperador em Notre Dame, que pode ser considerado o fim da revolução. Napoleão queria fazer de Paris a cidade mais bonita do mundo, construiu o Arco do Triunfo, o Arco do Carrousel , a igreja da Madeleine , o Palais de la Bourse … Suas falhas subsequentes na Rússia e na Espanha terminou a sua regra, e a cidade foi novamente invadida por ingleses, prussianos e russos. Luís XVI procurou recuperar o poder. Em 1824, ele colocou seu irmão Charles X ao trono, que antes teve que abdicar o descontentamento popular, dando lugar a Luis Felipe. Durante seu reinado, ele inaugurou a primeira linha ferroviária, mas não se importa muito com seu povo, que disse Victor Hugo nos seus romances, especialmente em Les Miserables Assim, Luis Felipe teve que abdicar e assim chegou ao poder de Napoleão III. Ele decidiu modernizar a cidade e pediu para que o Barão Haussmann, uma faixa de pessoas mais à esquerda, em Paris. Favelas foram derrubadas (como eles estavam em frente de Notre Dame medieval), grandes avenidas foram construídas, incluindo a mundialmente famosa Champs Elysees, o mercado subiu de Les Halles e a Ópera Garnier. Mas apesar de todo o brilho, o povo sofrido de 17 horas úteis, entre outras injustiças. Então, gritando “Abaixo o império, até a República “se revoltaram levando as Tulherias”. Os prussianos, a quem Napoleão III declarou guerra, aproveitou a situação e cercou Paris. As pessoas, desesperadas com a fome, capitulou.
           Siga o descontentamento, e em 1871 fundou uma comunidade constituída por diferentes correntes ideológicas. O governo republicano se refugiaram em Versailles, mas começa a Supressão do “communards “. O Wall Federados no cemitério Père Lachaise é uma homenagem aos mortos durante esses eventos. 



O século XX

             O ano de 1900 vem com a famosa Exposição Universal e a Torre Eiffel. Seguido o primeiro metro e iluminação elétrica nas ruas. Paris também foi a cidade anfitriã dos Jogos Olímpicos em 1900 e 1924. Os anos da Belle Époque. A incorporação das cidades próximas a população aumentou para quase três milhões de habitantes.
            A Primeira Guerra Mundial não afetou a cidade também, apesar de ter sido bombardeada, e nos anos que se seguiram assistiu ao desenvolvimento dos diferentes ramos da arte em todo seu esplendor, bem como a instabilidade política e as reformas trabalhistas exigindo classes trabalhadoras. A cidade continuou a crescer ao mesmo tempo em que eram necessárias para a habitação da classe trabalhadora.            Durante a Segunda Guerra Mundial, Paris foi ocupada pelos alemães em 1940. Seus habitantes foram abatidos judeus. Com a chegada do general Leclerc, 25 de agosto de 1944, o comandante da guarnição, o general Dietrich Von Choltitz rendeu-se sem a execução das ordens de Hitler, que exigia a destruir a cidade. A partir desses momentos, houve um fenómeno de declínio demográfico, em parte devido às guerras, à queda acentuada na taxa de natalidade, pois a cidade não tinha mais capacidade para acomodar essas pessoas, que estão espalhadas.O pós-guerra, Paris foi para um de seus melhores momentos, os tempos de pensadores como Sartre, Simone de Beauvoir, Prévert, etc, sentados em cafés, como o famoso Café des Magot e Café de Flore, discutindo suas idéias. Assim, em maio de 1968, estudantes e trabalhadores se rebelaram contra os poderes estabelecidos e Charles de Gaulle foi forçado a renunciar. Em 1976, o Estado aceitou pela primeira vez um município autónomo para a capital. Jacques Chirac foi eleito prefeito de Paris. Ele foi substituído em 1995 por Jean Tiberi e em 2001, Bertrand Delanoë.
           Bertrand Delanoë foi conhecido principalmente por sua disposição de reduzir o espaço de carros na capital para o transporte da comunidade e táxis. George Pompidou, o sucessor de Gaulle, era um homem preocupado com a cultura, em 1977, três anos depois sua morte, ele fundou o Centro Pompidou , cuja construção foi realizada sem a pequena controvérsia no coração da cidade. Os presidentes que se seguiram, Giscard d’Estaing e François Mitterrand, continuou a contribuir para o reforço de Paris e o seu património arquitectônico. Assim, em 1986, ele inaugurou o Musée d’Orsay, e em 1989, sob o bicentenário da segunda revolução, foram inauguradas obras como o Louvre, a Ópera da Bastilha e do Grande Arche de La Defense.



quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Lendas e Mitos de Paris


A lenda do barbeiro e do padeiro sanguinários


No final do século 14, uns biscoitos de um mestre padeiro da Île de la Cité estavam entre os mais famosos da capital. Delicados e saborosos, eles tinham uma receita muito estranha e um pequeno cheiro de um crime.
A lenda diz que em 1384, no coração da Île de la Cité, um padeiro e um barbeiro da rua Marmousets tinham se juntado para um  tráfego  tão rentável quanto macabro.
O seu acordo fatal era baseado em uma verdadeira divisão de trabalho. O trabalho do barbeiro era matar as presas, muitas vezes estudantes da Notre Dame. Uma vez que o corpo fosse desmembrado, ele os enviava para o seu vizinho o padeiro. Em seguida, o padeiro se ocupava em rechear as famosas “petits pâtés” de carne humana fresca.  O próprio Rei Carlos VI adorava estas guloseimas.
Os dois comparsas foram desmascarados em 1387 quando o cachorro de uma das vítimas alertou os vizinhos com seus latidos contínuos na frente na loja do pâtissier sanguinaire.
No porão foram encontradas provas contundentes entre as quais o famoso utensílio usado para destruir os corpos. O barbeiro e o padeiro finalmente foram queimados vivos em uma gaiola de ferro. Suas lojas, um verdadeiro teatro de horror e mau cheiro foram completamente arrasadas. Hoje, no lugar das casas se encontra uma garagem de motociclistas da polícia da Île de la Cité.  Só resta um suposto vestígio, uma pedra no fundo da garagem, que poderia ser um remanescente do famoso utensílio de corte do “patissier louco”.

Os segredos do Père Lachaise


O maior cemitério de Paris tem muitas lendas.
Uma que corre entre os motoristas do táxi, é a do passageiro fantasma que embarca em Châtelet e que desaparece quando chega no Boulevard de Ménilmontant.
Outra lenda é a de um enorme gato amarelado, que anda de um modo estranho, percebido várias vezes pelos visitantes e pelos vigias.
O famoso cemitério seria também palco de missas de magia negra, ou mesmo de sacrifícios humanos.
Mais uma lenda conta que acessos para catacumbas seriam possíveis desde certos túmulos do Père Lachaise.


O Homem Vermelho do Palácio des Tuileries


Seu nome era Jean l’Ecorcheur e ele trabalhava para a rainha Catherine de Médicis, que alimentava uma paixão pelas ciências occultas. Ciente da relação da rainha com magos e feiticeiros, Catherine de Médicis achou que ele sabia demais e mandou matá-lo. Antes de morrer, teria ameaçado o seu assassino Neuville: “Retornarei”. Este último tinha sempre a impressão de ser seguido.
O astrólogo da Rainha, Cosme Ruggieri, foi verificar a cena do crime e não encontrou nenhum corpo, apenas uma lagoa de sangue. Logo depois, o astrólogo teve uma visão de Jean, com uma roupa vermelha, dizendo que a rainha morreria “perto de Saint-Germain”. Catherine de Médicis então fugiu de todos os lugares que com esse nome. Foi no seu leito de morte que encontrou o seu destino. O seu confessor chamava-se Julien de Saint Germain...
Depois, o homem vermelho das Tuileries teria aparecido à Louis XVIII, a Marie-Antoinette, a Napoleão na véspera da batalha de Waterloo e, pela última vez, no incêndio do palácio des Tuileries.